Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo historia

CAIS DO VALONGO

O Cais do Valongo é um local histórico e de grande importância no Rio de Janeiro, reconhecido por seu papel central no tráfico transatlântico de escravos. Localizado na região portuária da cidade, o Cais do Valongo foi construído em 1811 e, até 1831, serviu como principal ponto de desembarque de africanos trazidos ao Brasil. Estima-se que cerca de um milhão de africanos escravizados passaram por esse local, tornando-o o maior porto de escravos das Américas. Foto: reprodução | Durante muito tempo, parte da história de nossos antepassados ficou escondida embaixo de uma camada de aterro. Mas, a história ressurgiu, nas pedras do Cais do Valongo. Testemunha de muitas lagrimas e choro, de gente que foi escravizada, mas ajudou a construir uma nação.  Aqui estão alguns detalhes importantes sobre o Cais do Valongo: 1. História e Função: O Cais do Valongo foi construído especificamente para receber os africanos escravizados, substituindo os antigos pontos de desembarque no centro da cidade, q

"ESCRAVOS TIGRES"

 Talvez, essa tenha sido uma das piores atividades incumbida a, pessoas escravizadas  Imagem: reprodução | Escravo tigre, carregando dejetos  Os "escravos tigres" foram trabalhadores escravizados no Brasil que desempenhavam a função degradante de carregar fezes humanas e lixo pelas ruas das cidades, especialmente no Rio de Janeiro, durante os séculos XVIII e XIX. Eles eram chamados de "tigres" porque suas roupas ficavam manchadas com listras escuras das latrinas que carregavam, lembrando as listras de um tigre. Naquela época, as cidades brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro, não possuíam um sistema de esgoto sanitário adequado. As residências utilizavam potes ou latrinas, e o conteúdo desses recipientes precisava ser removido manualmente. Os "escravos tigres" transportavam as fezes em barris ou tinas, equilibrando-as nos ombros ou na cabeça, até locais onde o material seria descartado, geralmente em rios ou no mar. Essa prática era extremamente insalubre

Quem foi Tia Ciata?

Quem foi tia Ciata?  Foto: reprodução | tia Ciata   Tia Ciata, nascida Hilária Batista de Almeida em 1854, foi uma figura central na cultura afro-brasileira e uma das mais importantes mães de santo do Rio de Janeiro. Ela era filha de africanos trazidos ao Brasil como escravos e, embora nascida na Bahia, tornou-se uma das figuras mais emblemáticas do Rio de Janeiro no final do século XIX e início do século XX. Tia Ciata mudou-se para o Rio de Janeiro em 1876, onde estabeleceu um ponto de encontro cultural e religioso em sua casa, localizada na Pequena África, região onde se concentrava a comunidade negra da cidade. Sua casa não era apenas um espaço de celebração das tradições africanas, mas também um ponto de resistência cultural. Além de ser um centro religioso, a casa de Tia Ciata foi fundamental na preservação e no desenvolvimento do samba. Era um local onde músicos se reuniam para tocar e experimentar novas formas musicais, e muitos acreditam que o primeiro samba gravado, "Pelo

Pedra do Sal, Cais do Valongo, e os navios Tumbeiros.

 Os navios tumbeiros, a Pedra do Sal e o Cais do Valongo são elementos importantes da história do tráfico de escravos no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro. Vamos explorar cada um desses elementos: Imagem: reproduzida. Navios Tumbeiros Os navios tumbeiros eram embarcações usadas para transportar africanos escravizados para as Américas, incluindo o Brasil, durante o período do tráfico transatlântico de escravos. Esses navios eram chamados de "tumbeiros" devido às péssimas condições de viagem, que faziam com que muitos dos escravizados morressem durante a travessia, transformando os navios em verdadeiros túmulos flutuantes. Condições de Viagem : Os africanos eram amontoados nos porões dos navios, com pouco espaço para se mover, pouca ventilação, alimentação insuficiente e péssimas condições sanitárias. Essas condições resultavam em altas taxas de mortalidade devido a doenças, fome e maus-tratos. Rotas : As rotas dos navios tumbeiros variavam, mas frequentemente seguiam do